A campanha do candidato presidencial republicano John McCain intensificou ontem seus ataques contra seu rival democrata Barack Obama, com o lançamento de uma série anúncios de forte teor crítico.

A avalanche de anúncios faz parte de uma campanha mais ampla que busca semear dúvidas sobre a capacidade de liderança de Obama, e fazer com que a popularidade do senador e sua eloqüência se voltem contra ele próprio.

A campanha de McCain já tinha sugerido, de forma mais sutil, que Obama era um político “arrogante”, que acreditava ser “predestinado” a ocupar a Presidência americana.

Em 3 de junho, noite na qual Obama assegurou a candidatura presidencial democrata, McCain afirmou: “Não busco a Presidência com a idéia de que fui benzido com semelhante grandeza: que a história me chamou para salvar meu país em um momento difícil”.

Esse comentário parecia sugerir que Obama se apresentava como “uma espécie de messias”.

Hoje, no entanto, a campanha de McCain deixou de lado as sutilezas, e deu a entender diretamente, em sua última campanha de internet, que Obama se via como um “escolhido por Deus”.

“Em 2008, o mundo será benzido: chamarão ‘o escolhido'”, diz o anúncio de um minuto.

Obama aparece no anúncio dizendo coisas como: “Me transformei em um símbolo da América que retorna a suas melhores tradições”.

“Barack Obama pode ser ‘o escolhido’, mas está pronto para assumir a liderança?”, pergunta o anúncio.

A equipe de McCain também lançou hoje um site no qual critica o status de “celebridade” de Obama, e um anúncio no qual critica o democrata por não ter mencionado a América Latina durante seu discurso, na semana passada, em Berlim (Alemanha), no qual se apresentou como um “cidadão do mundo”.

Fonte: EFE

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