Construtora foi flagrada executando terraplanagem às margens de córrego. Multa pode chegar a R$ 3 mil, além de custos com recuperação do terreno.
A Polícia Ambiental embargou uma obra da igreja Sara Nossa Terra que estava sendo realizada em uma Área de Preservação Permanente (APP), às margens de um córrego no bairro Jardim Califórnia, em Ribeirão Preto (SP). Segundo a polícia, a construtora que trabalhava no local nesta segunda-feira (21) já havia sido notificada em maio, não cumpriu a determinação e agora será autuada. O valor da multa pode chegar a R$ 3 mil.
[img align=left width=300]http://s2.glbimg.com/gS1qfrsilb-IkikzQxGb5BSsOmA=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/07/22/aterro.jpg[/img]Procurada pelo G1, a assessoria da Sara Nossa Terra informou, em nota, que as máquinas que estavam no local pertencem a uma empresa solicitada para uma limpeza no local, já que a área tronou-se abrigo de desmanches e esconderijo de traficantes.
O tenente da Polícia Ambiental Diogo Araújo explicou que o pedido de embargo da obra foi realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que constatou a irregularidade durante fiscalização no último final de semana. Uma máquina pá-carregadeira e um caminhão que faziam a terraplanagem do terreno – com cerca de 4,8 mil metros quadrados – foram apreendidos.
Ainda segundo Araújo, a construtora alegou ter sido contratada pela Sara Nossa Terra, que é locatária de um imóvel ao lado da área. A empreiteira, no entanto, mas não possui autorização para realizar obras no local, por se tratar de APP – áreas próximas a córregos, leitos de rios, topos de morro e encostas, que devem ter a vegetação natural protegida.
“Os responsáveis pela obra responderão criminalmente, uma vez que o crime está previsto em lei federal. Além disso, terão que reparar o dano ambiental, plantando árvores e promovendo a recuperação do terreno”, disse o tenente, destacando que policiais voltarão ao local nesta quarta-feira (23) para multar os responsáveis e determinar que assinem um Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental.
Em nota, a Prefeitura de Ribeirão Preto informou que também estipulou um prazo para que todo material depositado na área, que é pública, seja retirado e que “o não atendimento acarretará em novas multas.”
[b]Fonte: G1[/b]