No início do mês de julho, oito cristãos – incluindo cinco membros de uma família -, foram presos na cidade de Bushehr, no sudoeste do Irã.
Os policiais que realizaram a prisão se apresentaram como agentes do Ministério da Inteligência (MOIS).
As autoridades invadiram as casas dos cristãos em uma operação, confiscando tudo o que tinham.
Bíblias, literatura cristã, fotos carregando símbolos cristãos, notebooks, telefones, carteiras de identidade, cartões bancários e outros pertences pessoais foram levados.
Os policiais também revistaram os escritórios de trabalho de dois irmãos e confiscaram discos rígidos de computadores e gravações de câmeras de segurança.
Segundo relatos, as autoridades trataram duramente os cristãos mesmo com a presença de crianças durante as prisões.
Segundo fontes do Artigo 18, os nomes dos cristãos presos foram confirmados. São eles: Sam Khosravi, e esposa, Maryam Falahi; o irmão de Sam, Sasan, e esposa, Marjan Falahi; a mãe de Sam e Sasan, Khatoon Fatolahzadeh; Pooriya Peyma, e esposa, Fatemeh Talebi; e Habib Heydari. Contudo, devido a idade, Khatoon, foi libertada no mesmo dia.
As informações são de que os demais cristãos permanecem detidos, sem acesso a advogados, e em confinamento solitário no escritório do MOIS, em Bushehr.
Essas últimas prisões elevam o número de cristãos presos no Irã neste ano para 34: oito em Bushehr, nove em Rasht, doze em Amol, dois em Ahvaz e um em Hamedan, Shiraz e Isfahan.
Em maio, o ministro da Inteligência do Irã, Mahmoud Alavi, admitiu abertamente convocar os cristãos para interrogatório, dizendo que as conversões em massa estão “acontecendo bem diante de seus olhos”.
Em Londres, o Relator Especial da ONU para os Direitos Humanos no Irã, Javaid Rahman, classificou o tratamento de cristãos convertidos no Irã como “algo muito perturbador”. A autoridade disse que está “pessoalmente preocupado”, e prometeu “olhar para a questão com seriedade”.
Fonte: Portas Abertas