Preso lendo a Bíblia na cadeia
Preso lendo a Bíblia na cadeia

Bradley Navarro Anagaran foi preso no final de junho, quando a polícia o encontrou em posse de folhetos contendo ensinamentos cristãos.

O pastor da igreja a qual Bradley fazia parte, Hira Singh Sunar, foi à delegacia com a intenção de ajudar o cristão, mas também foi detido.

Ambos os cristãos foram levados ao tribunal, acusados de tentar induzir a conversão ao cristianismo e foram libertados sob fiança. O evangelismo é tido no Nepal como crime passível de multa ou prisão.

De acordo com o analista de perseguição da Portas Abertas, Rolf Zeegers, alerta para o fato da liberdade religiosa no Nepal estar se deteriorando: “A prisão desses dois cristãos no Nepal vem  logo após às prisões de cristãos que ocorreram há menos de um mês. A posse de materiais cristãos pode levar à prisão e isso deve ser visto como um aviso claro para todos os grupos religiosos no Nepal”, explica.

A Perseguição no Nepal

O Nepal é o 32º país na Lista Mundial da Perseguição 2019, que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo e está tomado pelo hinduísmo radical, um dos principais motores de perseguição no país.

Somente nos primeiros quatro meses de 2019, parceiros locais da Portas Abertas no Nepal registraram 36 incidentes de perseguição a cristãos. Entre eles, seis casos de pessoas que foram obrigadas a deixar sua casa, três casos de boicote social, quatro de abuso físico e dois de detenção. Tudo isso por um único motivo: a fé cristã. Houve também casos de fake news e discurso de ódio contra cristãos.

Todas as comunidades cristãs no Nepal enfrentam alguma forma de perseguição, mas em diferentes níveis de intensidade. Os convertidos do hinduísmo são os mais perseguidos já que são considerados traidores da fé dos antepassados.

Igrejas de ex-hindus e protestantes estão particularmente sob pressão de familiares, amigos, comunidades e autoridades locais. De vez em quando, os radicais hindus aproveitam a instabilidade política em curso, atacando os cristãos. Na maioria das vezes, eles não são punidos.

Fonte: Portas Abertas

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