A vacina contra a Aids não está próxima, lamentou o responsável pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), Peter Piot, durante a conferência internacional sobre a doença realizada na Cidade do México.

“É preciso planejar um futuro com e sem vacina”, disse Piot durante uma sessão sobre como a pandemia e os planos para combatê-la evoluirão até 2031.

Piot reiterou que é preciso buscar novas vias para a prevenção e o acesso aos métodos para isso, em vez de confiar em uma solução médica para a doença.

Sobre assunto, o diretor do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, Anthony Fauci, assinalou que o perfil genético de cada indivíduo será determinante para a efetividade de uma vacina.

Segundo o pesquisador, a defesa natural do sistema imunológico e a neutralização de anticorpos são caminhos que deveriam ser seguidos para encontrar uma forma de controlar a doença.

Sobre uma cura que erradique o mal, ele afirmou que o mais provável é que seja necessário um agressivo regime de remédios e se arriscou a dizer que poderia ter resultados positivos até 2031.

“Uma cura requereria provavelmente um diagnóstico e tratamento muito cedo”, disse Fauci.

O especialista destacou a eficácia dos remédios para controlar o vírus e afirmou que enquanto em 2002 só 200 mil pessoas recebiam tratamento, hoje este número é de 3,5 milhões.

De acordo com ele, nos Estados Unidos, os remédios contra o HIV e a aids salvaram três milhões de vidas entre 1996 e 2005.

Para Piot, alguns países com renda média “poderiam ajudar mais, e essa é uma decisão política”.

Fonte: EFE

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