Data lembra morte de 69 manifestantes negros por policiais na África do Sul durante os anos do apartheid.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a questão da discriminação racial é uma preocupação para todos os povos e países.

Ban emitiu uma mensagem para marcar o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, neste 22 de março.

Revisão

A data foi instituída em memória das vítimas do Massacre de Sharpeville, na África do Sul, em 1960.

A polícia reprimiu um protesto pacífico contra o regime do apartheid matando 69 pessoas.

O Secretário-Geral da ONU lembrou que as comemorações deste ano coincidem com a preparação para o processo de revisão das ações tomadas para evitar a discriminação desde a Conferência Mundial contra Racismo, Xenofobia e Intolerância em 2001.

África

O embaixador de Cabo Verde no Brasil, Daniel Pereira, disse à Rádio ONU, de Brasília, que a realidade na África de hoje é diferente.

“Dado que a nossa sociedade é profundamente mestiça, é mais importante para nós, cabo-verdianos, a dignidade de uma pessoa do que a cor da sua pele. Não é que uma pessoa por ser mais escura ou mais clara é que ela é levada em consideração, e sim respeitada como pessoa, com a sua dignidade própria”, afirmou.

No Brasil, a Universidade Zumbi dos Palmares formou a primeira turma em 13 de março com base no sistema de cotas. Dos 126 jovens formandos, 116 eram negros.

De acordo com o reitor José Vicente, foi a maior proporção de jovens negros formados por uma instituição de ensino superior no Brasil e na América Latina.

Fonte: Rádio ONU

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