A direção colegial do Monte Atos, local considerado como “berço da ortodoxia cristã”, condenou, na última quinta-feira, os recentes gestos de aproximação entre a hierarquia ortodoxa e a Santa Sé.

Os superiores do mosteiro mostraram-se “profundamente tristes”, atacando o papa, por seus “ensinamentos heréticos e sua política”.

Segundo a agência de notícias France Press, os monges ortodoxos reafirmam sua oposição ao primado do Bispo de Roma sobre a cristandade, bem como à expansão da Igreja no leste da Europa, um território tradicionalmente ortodoxo.

No passado mês de dezembro _ 952 anos após o “cisma” que separou o Oriente e o Ocidente cristãos _ o Santo Padre e o primaz Greco-ortodoxo, Christodoulos, assinaram uma declaração conjunta, na mesma da que fora assinada em novembro, entre Bento XVI e o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, dando continuidade ao diálogo católico-ortodoxo, que é uma das prioridades de seu pontificado.

Em sua recente viagem à Turquia, Bento XVI manifestou abertura, para uma discussão relativa às formas de exercício do ministério petrino, mas a declaração conjunta assinada com Bartolomeu I deixava nas mãos da Comissão Mista Internacional Teológica _ que voltou à mesa de trabalhos em setembro passado, em Belgrado _ a missão de aprofundar as questões levantadas pelo debate em torno do tema “Conciliariedade e autoridade na Igreja”, em níveis local, regional e universal.

Fonte: Radio Vaticano

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