A juíza federal norte-americana Carol E. Jackson considerou que um grupo de vítimas de abusos sexuais acusou falsamente, “de forma negligente e com um temerário desprezo pela verdade”, um sacerdote da arquidiocese de Saint Louis.

Ela destacou que a influente organização Survivors Network of Those Abused by Priests (SNAP) não cumpriu a ordem judicial de fornecer detalhes sobre as pessoas que acusaram o pe. Xiu Hui “Joseph” Jiang de abuso sexual. Para a magistrada, as declarações da SNAP “eram falsas e [por isso] não foi iniciada nenhuma investigação sobre a verdade ou falsidade destas afirmações públicas”.

Segundo o jornal St. Louis Post-Dispatch, o tribunal ainda sublinha que os acusados conspiraram para condenar o pe. Jiang com “ânimo discriminatório contra o demandante devido à sua religião, vocação religiosa, raça e origem nacional”.

Com a sentença, a SNAP deverá arcar com “custos razoáveis, que incluem os honorários dos advogados” do pe. Jiang.

[b]O caso
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Em 2014, o sacerdote foi acusado de abusar sexualmente de uma criança no banheiro de uma escola católica entre os anos de 2011 e 2012. Os promotores de Saint Louis retiraram as acusações no ano passado.

Pouco depois que as acusações foram retiradas, o pe. Jiang apresentou denúncia por conspiração e difamação contra os pais da criança e os líderes do SNAP, David Clohessy e Barbara Dorris. Em sua ação judicial, ele também alegou que a polícia o perseguiu de forma errônea com base nos seus antecedentes religiosos e raciais.

Em 27 de junho, o tribunal ordenou que a SNAP fornecesse informação detalhada sobre os acusadores do pe. Jiang, incluindo e-mails, mensagens de texto e dados de contato. O grupo não acatou a determinação nem propôs alternativas, como poderiam ter sido a redação protegida dos nomes das vítimas ou a entrega de informação dirigida exclusivamente aos advogados. Por outro lado, a SNAP afirmou que entregou “centenas de páginas” de documentos aos advogados do sacerdote.

A organização também se negou a cumprir a ordem da juíza de entregar todos os registros de doações que recebeu da empresa de advogados Chackes, Carlson & Gorovosky, que se dedica a esse tipo de caso. Clohessey afirmou que a empresa fez doações à SNAP entre 2005 e 2012, mas que não entende por que os advogados do sacerdote querem esta informação. Alegou ainda que a SNAP se preocupava com “a capacidade das vítimas e supostas vítimas de denunciar em segurança os abusadores”.

O pe. Jiang tinha sido acusado de tocar indevidamente uma adolescente que frequentava a Basílica de São Luís, onde exerce o ministério sacerdotal. As acusações de “perigo para as crianças e manipulação de testemunhas” foram retiradas em 2013.

[b]Fonte: Aleteia[/b]

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