O padre Siro Acquistapace, 61 anos, acusado de abuso sexual contra crianças e adolescentes, prestou ontem depoimento no Fórum de dois Irmãos do Buriti, a 98 quilômetros de Campo Grande. O depoimento começou às 8h e terminou às 15h30.
Acompanhado do advogado Jorge Siufi, o padre não quis dar nenhuma declaração à imprensa. Apenas disse que é inocente e está sendo acusado injustamente.
No final de 2006 a Policia Civil de Dois Irmãos do Buriti recebeu denúncia de que o padre Siro Acquistapace, de nacionalidade italiana e desde 1997 responsável pela Igreja Católica da cidade, estava mantendo relacionamento sexual com crianças e adolescentes, fornecendo bebida alcoólica e entregando a direção de veículo da paróquia a menores de idade. Foram ouvidas várias pessoas no inquérito aberto pela polícia, mas o padre sempre alegou inocência.
De acordo com os agentes, um adolescente de 15 anos afirmou que mantinha relação sexual com o padre desde os 10 anos, e confirmou que os irmãos de 12 e 10 anos presenciaram em uma ocasião relação sexual na casa paroquial. Um outro adolescente confirmou que sempre que se deslocava para fazendas, glebas e assentamentos, o padre Siro se fazia acompanhar por menores, inclusive, entregando a direção do veiculo da paróquia (primeiramente um veiculo Uno, e depois uma camionete Mitsubishi L- 200.
A Polícia chegou a pedir a prisão do padre, que foi acatada pelo Juiz da Vara Criminal da Comarca de Aquidauana, Aldo Ferreira da Silva Junior.
Em uma busca na casa paroquial, a polícia apreendeu 90 cápsulas do medicamento Citotec, diversas latas de cervejas de várias marcas, várias fotografias do padre tomando banho com menores, telefone celular, com ligações entre o padre e os menores, inclusive com os nomes dos mesmos na agenda telefônica, e uma cópia do termo de declarações do adolescente de 15 anos, rasgado e jogado no lixo, como também, cartas que estão sob investigação. O delegado de Dois Irmãos do Buriti, Carlos Henrique Serafim fez as investigações e pediu a prisão do padre. Agora o processo corre em segredo de Justiça.
Fonte: Aquidauana News