Os três padres do município de Arapiraca, envolvidos no maior escândalo sexual da igreja católica registrado no Brasil, serão julgados na próxima sexta-feira, 08 de julho.

Os religiosos Luiz Marques Barbosa, Raimundo Gomes do Nascimento e Edilson Duarte são acusados de pedofilia, crime supostamente cometido contra ex-coroinhas da paróquia de Arapiraca, capital metropolitana do Agreste.

O julgamento será realizado às 09 horas, na Vara da Infância e da Juventude do Fórum da cidade e devido ao volume do processo, que compreende mais de mil páginas e a oitiva de várias testemunhas, deve se estender pelos próximos dias. Mais de 20 testemunhas foram arroladas apenas pela defesa dos padres. A audiência será comandada pelo juiz João Luiz de Azevedo Lessa.

Os sacerdotes foram oficialmente denunciados pelo Ministério Público Estadual em março de 2010, quando foram formalmente acusados pelo crime de pedofilia cometido contra Anderson Farias Silva, Cícero Flávio Vieira Barbosa e Fabiano Silva Ferreira. As vítimas teriam sido abusadas quando eram coroinhas.

Após as denúncias, os padres foram afastados de suas atividades eclesiásticas pelo bispo Dom Valério Breda, responsável pela Diocese sediada em Penedo, cidade onde os padres Raimundo Gomes e Edílson Duarte atuaram em paróquias diferentes antes de irem trabalhar em Arapiraca. Dom Valério declarou em nota oficial que soube do escândalo pela imprensa.

O processo que envolve os padres de Arapiraca tomou um rumo arrasador após a exibição de uma matéria sobre o caso pelo programa Conexão Repórter, apresentado pelo jornalista Roberto Cabrini, no SBT. A matéria trouxe o depoimento dos coroinhas, dos padres e até um vídeo com cenas de sexo entre o monsenhor Luiz Marques, 82 anos, e o coroinha Fabiano Ferreira que alega sofrer os abusos desde os 12 anos de idade.

Durante os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia, presidida pelo senador Magno Malta, em Arapiraca, o padre Edilson Duarte chegou a confessar que era homossexual e que havia se relacionado com dois ex coroinhas. O monsenhor Luiz Marques chegou a ser preso pelas acusações e hoje vive em prisão domiciliar. Já o monsenhor Raimundo Gomes nega as acusações.

[b]Fonte: Aqui Acontece[/b]

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