Quatro padres católicos que reconhecem a autoridade do papa e não de Pequim foram detidos na China por terem se recusado a se juntar à Igreja Católica oficial, a única autorizada pelo Partido Comunista, denunciou neste domingo uma organização de direitos humanos.

Segundo a Fundação do Cardeal Kung, sediada no Estados Unidos, Liang Aijun, 35, Wang Zhong, 41, e Gao Jinbao, 34, todos originários da província de Hebei (norte da China), foram presos em um lugar não divulgado. Um quarto padre, também da mesma província, Cui TAI, 50, foi detido após sofrer um acidente de moto.

Os quatro sacerdotes são membros da chamada Igreja Católica clandestina, proibida na China porque reconhece a primazia do papa sobre Pequim. Os religiosos sempre se recusaram a integrar a Igreja oficial.

De acordo com o Vaticano, a China conta entre oito e 12 milhões de católicos.

Desde 1951, existe uma ruptura das relações diplomáticas entre a Santa Sé e Pequim, refletida em divergências entre a Igreja “oficial” e a “clandestina”, freqüentemente perseguida em território chinês.

A China permite a prática do culto católico apenas em igrejas e com padres aprovados pelo Estado. O papa Bento 16, em carta aberta enviada no final de junho aos católicos chineses, procurou convencer o Partido Comunista a respeitar uma “autêntica liberdade religiosa”.

Fonte: Folha Online

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