Oito palestinos ficaram feridos e outros 12 foram detidos nos distúrbios registrados entre jovens palestinos e forças de segurança israelenses, que entraram esta manhã na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, segundo fontes policiais e religiosas.

No começo da manhã, um grupo de palestinos lançou pedras e coquetéis molotov contra os agentes israelenses, desdobrados nos arredores em maior número do que o habitual por ocasião de um estado de alerta decretado para hoje pelas autoridades israelenses, disse o porta-voz da Polícia, Micky Rosenfeld.

A Polícia decidiu então entrar na Esplanada, que abriga a Mesquita de Al Aqsa, terceiro lugar mais sagrado do Islã (depois de Meca e Medina), e onde se originou a Segunda Intifada, em 2000.

Ao entrar na área os agentes encontraram óleo derramado no solo, aparentemente com o objetivo de fazer-lhes deslizar, disse o porta-voz.

Os agentes usaram bombas de efeito moral para neutralizar os autores dos distúrbios e fizeram 12 detenções: três na Esplanada e nove nas imediações, acrescentou Rosenfeld.

Hatem Abdul Qadir, ex-ministro de Assuntos de Jerusalém da Autoridade Nacional Palestina (ANP), elevou o número para 15 detidos e denunciou o uso de balas de borracha para dispersar o protesto, informo a agência palestina “Maan”.

Por sua parte, a autoridade a cargo do “Waqf”, os bens islâmicos inalienáveis, como a Esplanada das Mesquitas, informou de oito palestinos feridos entre os presentes.

O xeque Muhamad Hussein, mufti de Jerusalém e Palestina, que se encontrava no interior quando explodiram os incidentes, denunciou que os policiais israelenses atacaram indiscriminadamente os presentes, incluindo mulheres e guardas da mesquita.

Israel decretou o estado de alerta para hoje por ocasião de uma chamada para “proteger Al Aqsa”, efetuado ontem com base em rumores que extremistas judeus planejavam entrar hoje no recinto, onde se situa a existência do antigo Templo de Jerusalém, destruído pelos romanos no século I de nossa era.

Fonte: EFE

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