O papa Bento XVI disse nesta quarta-feira que no mundo atual alguns se comportam como se o homem fosse “o único responsável por seu próprio destino, como se Deus não existisse”.

O Pontífice, que celebrou a tradicional audiência pública das quartas-feiras na cidade italiana de Castelgandolfo, disse que a sede de verdade e felicidade do coração humano só pode ser preenchida pelo mistério de Deus.

Há homens que vivem “como se nunca fossem morrer ou como se tudo fosse acabar com a morte”, enquanto “só a perspectiva da eternidade pode dar um valor autêntico aos fatos históricos e, sobretudo ao mistério da fragilidade humana, do sofrimento e da morte”, afirmou.

Segundo o papa, as grandes conquistas da tecnologia e da ciência deixam “as perguntas mais profundas do espírito humano sem resposta”.

Bento XVI disse que na terça-feira foi celebrada a festividade que lembra a subida da virgem Maria ao céu. Ele acrescentou que “contemplá-la na glória celeste” permite compreender que “para nós a Terra não é a pátria definitiva” e que se o homem vive “constantemente dirigido para os bens eternos”, um dia compartilhará a glória.

O papa disse ainda que apesar das dificuldades cotidianas, “não devemos perder a serenidade e a paz”.

O Pontífice declarou ainda que a celebração da assunção da virgem Maria “evoca um mistério que afeta cada um de nós”. Disse também que a mãe de Jesus acompanha os passos de todos para ajudar “com sua mão materna, especialmente nas dificuldades diárias e situações de dor ou violência”.

Bento XVI lembrou o padre Roger Schutz, conhecido como irmão Roger, assassinado há um ano, e pediu que seu exemplo ajude “a consolidar o compromisso de paz e solidariedade de todos os que têm o futuro da humanidade no coração”.

O irmão Roger, fundador da comunidade ecumênica de Taizé, na França, foi assassinado em 2005 por uma mulher com problemas psiquiátricos.

Fonte: EFE

Comentários