O morador da Zona Leste de Porto Velho, Mário de Oliveira protocolou denúncia junto ao Ministério Público de Rondônia, acusando o Padre Inocenzo Mângano, pároco da Igreja São Tiago Maior Apóstolo, de uma série de irregularidades na administração da paróquia.

Segundo o morador, a igreja que é um símbolo na região, é um antro de aproveitadores e criminosos, devido ao grande numero de irregularidades. Ele explica que a escola de ensino básico Lar de Nazaré, que a Igreja possui, apesar de receber verbas através de um convênio com a Secretaria Municipal de Educação, e de mais um país estrangeiro, o padre não diria que todas as crianças pagam taxa para estudarem, e que se ocorrer o atraso do pagamento das mensalidades, os pais seriam humilhados, maioria deles de pouca renda.

Na denúncia ao MP, Mário de Oliveira diz que a Paróquia nunca teria prestado conta à comunidade da zona leste, pois alegam que toda a prestação é realizada diretamente Diocese de Porto Velho, não sabendo, porém a comunidade que haveria um esquema de notas frias realizada pelo tesoureiro da igreja, para preencher os chamados “furos” na arrecadação da igreja. Nas prestações de contas à população, nunca apresentariam documentos, apenas as informações seriam passadas oralmente por um homem de confiança do padre.

De acordo com o reclamante, já estaria sendo realizado o terceiro arraial consecutivo, e ninguém saberia quanto foi gasto, os lucros, e nem quanto a paróquia arrecada com os dízimos dos fiéis, dinheiro que os próprios moradores depositam, esperando um investimento na igreja, e quando pedem explicações, sempre alegam falta de dinheiro, sendo que a lucro das festas juninas realizadas são sempre em torno de R$40 mil.

Segundo a acusação, a paróquia receberia ainda cestas básicas de infratores, com o cadastramento no sistema de penas alternativas da justiça, mas nunca repassaria à comunidade carente. Quando repassadas seriam fracionadas, nunca sendo passadas por completo.

Oliveira afirma que o padre da paróquia estaria envolvido em um grande esquema de lavagem de dinheiro, já que ele diria que grande quantidade de bens que possui não são da paróquia, e sim particular. Entre eles estaria um imóvel no valor de R$ 120 mil, um terreno avaliado em R$ 30 mil e um sítio na bairro Jardim Santana, que segundo declarações de pessoas próximas ao padre, possui ainda R$ 1 milhão para investimento. Recentemente, o tesoureiro da paróquia teria adquirido uma casa no valor de R$ 10 mil e ainda um sítio perto de Candeias do Jamari, onde estaria desenvolvendo a criação de alevinos.

Ele destaca que nenhum desses patrimônios estariam no nome da paróquia ou mesmo do padre Enzo, pois também funcionaria o esquema de “laranjas”, onde os próprios assessores passariam como proprietários dos bens. Como não bastasse, Oliveira denuncia também a falta de carteira assinada dos funcionários da paróquia e do descaso com os mesmos, já que mesmo sabendo que um deles, com problemas epiléticos, sofreu acidente no trabalho quando queimavam materiais inutilizados, e na ajuda, o funcionário conhecido como “Marcão”, teria caído na fogueira e teve 80% do corpo queimado. Ao encaminharem a vítima para o Hospital de Base, onde se encontra ainda hoje, o pároco anunciou à comunidade que todas as despesas seriam pagas pela paróquia, o que não seria verdade. O médico constatou que o paciente necessita de um a cirurgia plástica, mas a igreja não estaria disposta a bancar as despesas. “A família do acidentado clama por justiça, mas nenhuma providência foi tomada ainda”, ressalta Oliveira.

No relatório encaminhado ao Ministério Público, Mário afirma ainda que a quadra esportiva construída na época do Chiquilito Erse, que tinha como finalidade tirar a juventude das ruas, está irregular, pois todos que pretendem jogar, teria que pagar por hora de uso, uma taxa de R$ 8 reais de dia e R$ 12,50 no período noturno.

Indignado com a afirmação do próprio padre Enzo, onde ele teria dito que “está saindo da direção da paróquia com a vida feita”, Mário de Oliveira denunciou ao Ministério Público, todas as irregularidades que o pároco estaria cometendo. Onde ele cita ainda que muitos dos “coroinhas” da igreja já passaram na Casa de Detenção.

Fonte: Rondoniagora

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