O moço é evangélico, casado e bem comportado. Mas em função de sua profissão operador de câmera de televisão, acabou se transformando em uma espécie de astro pornô involuntário.

Em vez de fazer inveja nos amigos depois de aparecer na televisão contracenando com mulheres seminuas, no programa Noite Afora, apresentado pela ex-modelo Monique Evans na Rede TV!, Alexandre Peixoto dos Santos preferiu mover uma ação contra a emissora por danos morais. E ganhou.

Embora não fosse sua função, o câmera conta que era frequentemente chamado para servir de modelo para as brincadeiras eróticas, ao lado de mulheres em trajes sumários na cama onde Monique apresentava o programa.

As brincadeiras de Monique foram consideradas constrangedoras por Toddynho, o apelido com o qual Peixoto era conhecido. Ele alegou também, que a exposição acabou interferindo no relacionamento com sua mulher, também evangélica, que não gostou nada de ver o marido em rede nacional de TV naquela situação.

Não bastasse isso, Toddynho conta que a apresentadora costumava explicar o sentido de seu apelido, Toddynho : “Ele é marronzinho e tem um canudinho pequenininho”, dizia com a malícia que caracterizava o programa.

Em sua defesa, a emissora de televisão argumentou que o câmera já tinha o apelido antes mesmo de começar a participar do programa e que nunca se mostrou incomodado com isso. Claro, o apelido não é auto-explicativo.

Mesmo assim, por maioria de votos, a 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (São Paulo) considerou que houve sim constrangimento público, daí a necessidade de indenização por danos morais. Tanto o pedido da RedeTV para descaracterizar o dano moral como o de Toddynho para aumentar o valor foram negados pelo tribunal.

A emissora ainda terá de pagar para o ex-funcionário férias devidas e horas extras, além de multa pelo atraso do pagamento das verbas rescisórias e por litigância de má-fé, por retardar o pagamento das verbas.

Fonte: Último Segundo

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