O papa Bento XVI chega a Sydney no domingo para ser a principal estrela do Dia da Juventude da Igreja Católica – a versão da Igreja para Woodstock, com cinco dias de paz, amor e cristianismo.
Milhares de jovens católicos, freiras e padres do mundo inteiro já estão em Sydney, onde o evento, que acontece de 15 a 20 de julho, está sendo considerado maior que a Olimpíada de 2000.
“Estamos ansiosos para ver o que Deus tem em mente para nós”, disse Wayne Bolduc, norte-americana que, assim como os grupos de peregrinos, andava pelas ruas de Sydney na quinta-feira com mochilas com imagens de Jesus.
Os organizadores esperam cerca de 500 mil peregrinos, mas apenas metade deste número se inscreveu até agora.
A polícia teve sua força reforçada para conter os manifestantes e pode prender qualquer um que incomode os peregrinos. Cerca de 300 estradas foram fechadas e os trabalhadores foram aconselhados a tirar férias ou evitar a cidade.
Cirurgias eletivas foram canceladas em alguns hospitais e mais médicos estão a postos para emergências. Placas avisam os motoristas que os turistas não estão acostumados com o trânsito pela esquerda.
Os organizadores e as autoridades do governo local estimam que o Dia Mundial da Juventude arrecadará cerca de 200 milhões de dólares australianos (US$ 190 milhões) para a cidade.
Mas nem todo mundo está feliz. O grupo “Papa Não” planeja distribuir camisinhas em protesto à doutrina da Igreja e protestar contra os policiais extras que, segundo eles, impedem liberdades civis.
As vítimas de abuso sexual por parte de clérigos católicos também planejam protestar e exigir que o papa peça desculpas. A Igreja Católica foi condenada 107 vezes por abuso sexual na Austrália.
“Não posso confirmar nem negar que ele vai abordar o assunto (abuso sexual), mas isso não me surpreenderia”, disse na quarta-feira o porta-voz do Vaticano, reverendo Federico Lombardi, em um informe papal em Roma.
Fonte: Reuters