O papa Bento XVI citou diante do patriarca Karekine II o “martírio” da “história recente” da Igreja apostólica armênia, mas evitou mencionar a palavra “genocídio”, que seu antecessor João Paulo II utilizou várias vezes.

O patriarca da Igreja apostólica armênia (ortodoxa), que visita o Vaticano desde terça-feira, afirmou na quarta-feira desejar que “todas as nações condenem de forma universal o genocídio armênio”.

“A história recente da Igreja apostólica armênia se escreve com as cores contrastadas da perseguição e do martírio, da sombra e da esperança, da humilhação e do renascimento espiritual”, afirmou Bento XVI nesta sexta-feira, englobando em uma mesma idéia o genocídio de 1915 e o período soviético.

“A restauração da liberdade para a Igreja armênia foi uma causa de grande alegria”, acrescentou o Papa.

Em novembro de 2000, uma reunião no Vaticano entre João Paulo II e o patriarca Karekine II terminou com uma declaração conjunta que denunciava o “genocídio armênio”.

Mais de 20 países já reconheceram oficialmente como genocídio os massacres de armênios cometidos na Turquia entre 1915 e 1917.

Fonte: AFP

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