O papa Francisco afirmou em entrevista publicada pela Reuters nesta segunda-feira (4) que não tem a intenção de renunciar à função assim como seu antecessor, o papa emérito Bento 16.
Há algumas semanas, por conta de constantes problemas de saúde e mudanças em sua agenda, os rumores sobre o assunto ganharam força no Vaticano. Além disso, uma visita marcada para o dia 28 de agosto para a cidade italiana de L’Aquila, local onde o papa Celestino V foi enterrado após renunciar em 1294, também aumentou a especulação. A renúncia ocorreu no dia 29 de agosto daquele ano.
“No momento, eu não penso em renunciar. Todas essas coincidências fizeram alguns pensar que essa ‘liturgia’ está pronta. Mas isso nunca me passou pela cabeça. No momento não, não mesmo”, disse Francisco à agência.
Questionado se os atuais problemas de saúde podem fazer com que ele mude de ideia, Jorge Mario Bergoglio disse que isso poderá ser levado em consideração no caso da saúde fazer com que seja “impossível” continuar no seu ministério. “Mas não sabemos, Deus dirá”, acrescentou ao ser questionado se tinha ideia de quando isso poderia acontecer.
Francisco também foi perguntado sobre os rumores de seu estado de saúde, incluindo se ele estaria tratando um câncer há cerca de um ano desde que se submeteu a uma cirurgia no cólon por conta de uma diverticulite.
“A operação foi um grande sucesso, mas se eu tenho [câncer], os médicos não me disseram nada”, ironizou. Para a Reuters, o líder católico definiu os comentários como “fofocas da corte”.
Durante a conversa, ao ser questionado sobre a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que anulou o precedente Roe vs. Wade, que estabelece o direito da mulher ao aborto, Francisco condenou a prática e fez uma analogia sobre “contratar um assassino”.
“A questão moral é se é certo tirar uma vida humana para resolver um problema. De fato, é certo contratar um assassino para resolver um problema?”, completou.
Folha Gospel com informações de iG e Pleno News