O papa Francisco implorou perdão a Deus pelos horrores cometidos pela Igreja em Ruanda, em 1994, no encontro que manteve nesta segunda-feira (20) no Vaticano com o presidente ruandês Paul Kagame.

[img align=left width=300]https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/c6/2017/03/20/20mar2017—o-papa-francisco-e-acompanhado-pelo-presidente-de-ruanda-paul-kagame-e-sua-mulher-jeannette-kagame-apos-audiencia-privada-no-vaitcano-1490018255758_615x470.jpg[/img]”Imploro o perdão a Deus pelos pecados e faltas da Igreja e de seus membros, entre eles padres, religiosos e religiosas, que cederam ao ódio e à violência, traíram sua missão evangélica”, afirmou o Papa ao referir-se ao genocídio em Ruanda que, em 1994, deixou cerca de 800.000 mortos.

O Papa, que se reuniu por 20 minutos a portas fechadas com o presidente Ruanda, havia oferecido em 2014 o apoio da Igreja católica para a reconciliação em Ruanda por ocasião dos 20 anos de genocídio.

O massacre de quase um terço da população de Ruanda, a maioria pertencente à minoria tutsi, foi realizado pela maioria hutu ante a total indiferença do resto do mundo.

Diante do presidente africano, o Papa voltou a recordar, como fez em 2014, as vítimas do genocídio.

“Manifesto a profunda dor, da Santa Sé e de toda a Igreja, pelo genocídio contra os tutsi e expresso solidariedade às vítimas e a todos que padeceram por esses trágicos eventos”, afirmou o chefe da Igreja, segundo a nota divulgada pelo Vaticano.

Francisco também recordou o gesto de João Paulo 2º durante o Jubileu de 2000, quando, pela primeira vez, pediu perdão pelos horrores cometidos pelos membros da Igreja.

Cerca da metade dos ruandeses são atualmente católicos, a outra metade recorreu às igrejas pentecostais depois do genocídio.

[b]Fonte: BOL[/b]

Comentários