Multidão ataca igreja no Paquistão. (Foto: Reprodução)
Multidão ataca igreja no Paquistão. (Foto: Reprodução)

A situação dos cristãos no Paquistão continua sendo de perigo latente, diante de um país no qual, apesar de reconhecer o direito dos cristãos de se reunir e praticar sua fé, continua a sofrer episódios de abuso e violência.

É o caso do que aconteceu nesta quarta-feira em Faisalabad, na área de Jaranwala, onde uma multidão islâmica atacou uma igreja e vários locais próximos pertencentes a famílias cristãs. As primeiras informações e vídeos vistos nas redes sociais mostram a violência com que centenas de pessoas, armadas com paus e pedras, se manifestaram contra os cristãos.

O ataque causou grande temor entre os cristãos que viviam na área, o que levou ao fechamento do mercado local. De acordo com as primeiras testemunhas, a multidão foi mobilizada das mesquitas onde foi relatado que dois cristãos residentes na área teriam profanado o Alcorão.

Embora um forte contingente de policiais tenha chegado à área e assegurado à crescente multidão que os suspeitos seriam detidos e enfrentariam ações legais, a multidão passou a atacar a colônia.

A multidão também tentou vandalizar a Igreja do Exército de Salvação, que é um dos templos mais antigos da região.

Cristãos no Paquistão

No Paquistão, os cristãos são considerados “cidadãos de segunda classe”, explica a organização Portas Abertas em seu relatório sobre a perseguição de cristãos em todo o mundo. “As notórias leis de blasfêmia do Paquistão visam as minorias religiosas (incluindo os muçulmanos), mas afetam particularmente a minoria cristã: cerca de um quarto de todas as acusações de blasfêmia são dirigidas contra os cristãos, que representam apenas 1,8% da população”.

“Além da hostilidade social, os cristãos também sofrem com a apatia das autoridades que deveriam protegê-los ”, explica Portas Abertas.

O caso de Asia Bibi, que foi libertada de uma injusta sentença de morte por uma falsa acusação de blasfêmia, era bem conhecido. No entanto, desde então a situação não melhorou em um país com quase 4 milhões de cristãos.

Folha Gospel com informações de Evangélico Digital

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