A Justiça paquistanesa suspendeu o acesso ao Facebook até amanhã. A decisão é uma resposta a um movimento que agendou para hoje a divulgação, no site, de imagens do profeta Maomé, o que é considerado blasfêmia pelos islâmicos.

O Facebook se define como “rede social que reúne pessoas a seus amigos”.

Já a descrição da página “Everybody Draw Mohammed Day!” (“Dia de Todo Mundo Desenhar Maomé”) era a de “simplesmente mostrar a esses extremistas, que ameaçam ferir as pessoas por causa de imagens de Maomé, que nós não temos medo deles”.

Entre outras imagens, essa página apresenta desenhos de Maomé fazendo sexo e um vídeo do Corão sendo queimado juntamente com carne de porco, animal considerado impuro pelo islã.

No Paquistão, o clima foi de revolta. Milhares de manifestantes foram às ruas exigir o boicote ao Facebook, e um grupo de advogados pediu o banimento do site.

O órgão oficial de telecomunicações divulgou que apenas o link da página com as imagens seria bloqueado, e não todo o Facebook, como foi registrado ontem.

O ministro de Assuntos Religiosos do país sugeriu um encontro internacional para discutir a publicação de imagens de Maomé.

Fonte: Folha de São Paulo

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