A viagem do papa Bento XVI à Terra Santa, que se inicia hoje, representa o fortalecimento das relações entre as comunidades cristã e judaica, afirmou em entrevista à ANSA o brasileiro Jack Terpins, único latino-americano que participará da recepção do Pontífice em Israel.

Na próxima segunda-feira, dia 11, quando o Papa chegará a Israel, segunda etapa de sua viagem pela região, será realizada uma cerimônia de recepção na residência do presidente israelense, Shimon Peres. Como presidente do Congresso Judaico Latino-Americano (CJS), Terpins será o representante da comunidade judaica da América Latina no encontro.

“Orgulhoso” de estar presente durante a visita do Pontífice, Terpins declarou que a comunidade judaica “apoia incondicionalmente” esta viagem, que deverá levar “uma mensagem de paz à região e representará um fortalecimento nos laços entre Israel e Vaticano”.

“Esperamos que esses laços cresçam a cada dia e sejam sempre exemplos para as demais crenças, mostrando que, com diferenças, mas com respeito, pode-se conviver pacificamente”, exaltou.

Por sua parte, Bento XVI disse ontem “não ver a hora” de se encontrar com os cristãos do Oriente Médio, para compartilhar “suas aspirações e esperanças, assim como sofrimentos e batalhas”.

As condições dos cristãos em Israel e nos territórios palestinos são consideradas drásticas pela Igreja católica, que teme o desaparecimento de seus fiéis na região. Apenas 1,71% dos 6.727.777 habitantes é católica, sendo o judaísmo a principal religião (79,2% da população), seguida pelo islamismo sunita (14,6 %) e pela comunidade dos drusos 1,7 %. Há ainda os ortodoxos e os cristãos reformados.

Antes de passar por Israel, o Pontífice visitará a Jordânia e, depois, irá aos territórios palestinos. Entre suas atividades na região, estarão visitas a lugares sacros, como o local onde, segundo o cristianismo, Jesus foi batizado, a celebração de missas e reuniões com autoridades locais.

Fonte: Ansa

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