O bispo da cidade paraguaia de Concepción, monsenhor Zacarías Ortiz, afirmou nesta quarta-feira que duas pessoas próximas do presidente Fernando Lugo o extorquiam por saberem que o mandatário havia tido um filho, reconhecido por ele esta semana.

Na segunda-feira, o mandatário assumiu a paternidade de uma criança que está prestes a completar dois anos, nascida de uma relação que manteve com Viviana Rosalith Carrillo, de 26 anos, quando ainda era bispo no departamento (estado) de San Pedro.

Desta região também são o governador José Ledezma e o líder camponês Elvio Benítez, ambos muito próximos do presidente.

Segundo o monsenhor Ortiz, por saberem do filho de Lugo, os dois estiveram a ponto de conseguir um subsídio de US$ 8 milhões junto ao governo.

O religioso revelou que Ledezma e Benítez usavam o caso “como uma poderosa arma de pressão” para colocar o presidente “contra a parede”. O dinheiro seria enviado a uma organização administrada por Benítez e teria como objetivo ajudar produtores de gergelim.

No fim de março, este mesmo repasse havia sido motivo de divergência entre Lugo e seu vice-presidente do Paraguai, Federico Franco, que o acusou de “governar para os amigos”, referindo-se a Benítez.

O líder camponês negou que tenha exercido pressão sobre Lugo e questionou o que definiu como “expressões politiqueiras e muito baixas” de Ortiz. “É uma pena que fale desta forma”, afirmou ele, que defendeu-se afirmando que não tinha qualquer informação sobre o filho de Lugo.

Fonte: Ansa

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