O ultradireitista Partido Popular Dinamarquês incluiu uma caricatura do profeta Maomé como um pedófilo em um número da “Folkeblad”, sua revista de distribuição interna que pode ser consultada desde ontem no site da legenda.

A charge, na qual se vê o profeta com uma jovem, foi retirada de um livro de um autor alemão sobre Maomé e sua vida sexual, publicado em 2004, e foi objeto de uma resenha no número de maio da revista, mas só agora se tornou disponível no site.

 
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Segundo o chefe de imprensa do partido, Soeren Soendergaard, este fato se deve a um “esquecimento”, e lembrou que o mesmo ocorreu com os números posteriores ao de maio.

O deputado radical liberal Nasser Khader, promotor da iniciativa Muçulmanos Democráticos, pediu hoje à presidente do partido, Pia Kjaersgaard, e ao primeiro-ministro, Anders Fogh Rasmussen, que se distanciem do conteúdo da charge para que não seja usada para “avivar” o conflito nas preces de sexta-feira dos imames.

Um vídeo de um concurso satírico sobre Maomé em uma festa das Juventudes do Partido Popular Dinamarquês divulgado há poucos dias motivou as críticas de várias organizações islâmicas no mundo todo e um protesto contra a embaixada dinamarquesa no Irã.

As autoridades dinamarquesas fizeram várias gestões diplomáticas nos últimos dias para se distanciar do conteúdo do vídeo e evitar que se reproduza o conflito que surgiu há alguns meses após a publicação de 12 vinhetas do profeta pelo jornal “Jyllands-Posten”.

Fonte: EFE

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