Andrew Brunson falando sobre a intolerância religiosa crescente na Turquia, durante uma audiência realizada no Capitólio dos EUA. (Foto: Christian Post)
Andrew Brunson falando sobre a intolerância religiosa crescente na Turquia, durante uma audiência realizada no Capitólio dos EUA. (Foto: Christian Post)

Apesar de ser mantido prisioneiro na Turquia por mais de dois anos, o pastor da Carolina do Norte, Andrew Brunson, compartilhou na quarta-feira que gostaria de voltar.

“Gostaríamos de voltar. Amamos as pessoas de lá porque acreditamos que Deus as ama. E queremos mostrar o amor de Deus para elas. Algum dia esperamos que as condições sejam adequadas para que voltemos”, disse o pastor na quarta-feira (6) no Capitólio dos Estados Unidos.

“Se pudéssemos voltaríamos, mas a Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF, na sigla em inglês) provavelmente não quer que voltemos”, acrescentou Brunson, referindo-se aos riscos de sua visita ao país.

Andrew Brunson foi preso na Turquia em outubro de 2016, acusado de fazer parte da tentativa de golpe o presidente turco Recep Erdoğan. Em outubro de 2018, o governo de Donald Trump garantiu com sucesso sua liberação, depois que sanções econômicas foram impostas à Turquia.

Durante o encontro no Capitólio, a esposa do pastor, Noreen, agradeceu ao trabalho da USCIRF. “Estamos cientes de que nem todas as histórias terminam da mesma forma que a nossa”, afirmou. “Nós temos que dar glória a Deus”.

Brunson observou que hoje a igreja na Turquia enfrenta ainda mais dificuldades. “Há mais restrições chegando agora. Muitos missionários foram deportados do país. Houve um efeito negativo na igreja, porque muito do que a mídia turca divulgou sobre mim — que foi apoiado pelo governo — pintava um quadro negativo dos cristãos, dizendo, por exemplo, que eu sou um terrorista ou que os cristãos apoiam grupos terroristas e queremos dividir o país”, afirmou.

Mas a verdade é oposta, segundo o pastor: os cristãos estão orando pela Turquia e desejam ser uma bênção para seu país.

Além dos cristãos, grande parte da hostilidade do governo é direcionada ao movimento Gülen, inspirado nos ensinamentos do líder muçulmano Fethullah Gülen, um imã turco que vive nos EUA desde 1999.

Brunson conta que costumava dividir cela com pessoas que eram acusadas de fazer parte desse movimento, mesmo sendo inocentes das acusações. “Eu tenho muitos amigos na prisão da Turquia agora que não deveriam estar presos. Muitas famílias foram destruídas”, lamentou.

Fonte: The Christian Post e Guia-me

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