Após quase dois meses em confinamento solitário por supostamente ‘incitar violência’ durante protestos na pandemia, o pastor Artur Pawlowski foi libertado da prisão no final de março depois de pagar fiança.
Pawlowski, que lidera a Street Church e a Cave of Adallum em Calgary, Alberta, foi preso cinco vezes, por acusações como desrespeito ao lockdown durante a pandemia e por apoio aos caminhoneiros durante a Freedom Convoy na fronteira EUA-Canadá, de acordo com a CBC News.
Ele também foi acusado de “violar uma ordem para manter a paz”, segundo a agência de notícias canadense.
Desde a última prisão, iniciada em 22 de fevereiro desde ano até o dia 30 de março passado, foram 51 dias sob custódia.
Pawlowski deverá aguardar o julgamento em casa, porém está sob toque de recolher, exigindo que ele fique em casa das 19h às 7h, exceto para comparecer aos cultos da igreja.
Fiança
Um juiz inicialmente rejeitou a soltura de Pawlowski em 9 de fevereiro, mas a juíza do Queen’s Bench, Gaylene Kendall, concedeu a fiança do pastor depois de analisar seu caso.
Pawlowski foi condenado a depositar US$ 25.000 e uma fiança de US$ 10.000 de sua esposa, além de US$ 2.000 de seu filho.
Se Pawlowski violar suas condições de soltura, eles podem ser multados por US$ 20.000 e US$ 4.000, respectivamente.
Antes que as autoridades do Calgary Remand Center ordenassem que a multidão se dispersasse, a esposa e o filho de Pawlowski estavam entre os que esperavam do lado de fora da instalação para cumprimentar o pastor encarcerado.
Prisão desnecessária
Em entrevista ao jornal Rebel News, Sarah Miller, a advogada que representa Pawlowski, disse que era “desnecessário” prender e deter seu cliente, descrevendo seu encarceramento subsequente como “tão errado”.
Embora Miller esteja feliz em ver Pawlowksi libertado da prisão, ela observou que “esta não é a situação do tipo comemorativo que esperamos, porque ele está sob condições muito rígidas”, referindo-se ao oneroso toque de recolher imposto a ele. No entanto, ela disse, “estar sob condições rigorosas em casa com sua família é um choro muito melhor” do que ficar preso atrás das grades.
O pastor foi preso pela primeira vez em abril 2021, quando gritou para os policiais que apareceram em seu culto na igreja no fim de semana da Páscoa.
Durante a interação, Pawlowski, que tem origem polonesa, se referiu repetidamente aos oficiais como “Gestapo” e “nazistas”.
Fonte: Guia-me com informações de Calgary Herald e CBN News