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O último domingo (4) deveria ser um dia de grande festa e alegra para os noivos Rosemeire e Udirley. Tudo estava pronto para o casamento dos dois que aconteceria às 16h no Recanto Beija-Flor, espaço para festas de casamentos em São Paulo (capital). Mas, a queda do helicóptero comandado pelo piloto Peterson Pinheiro, que levava a noiva, seu irmão Silvano Nascimento e a fotógrafa Nayla Cristina Neves Lousada (que estava grávida de seis meses), fez com que o clima de celebração tornasse em luto.
Para Domingos da Silva, 73, pastor da igreja Missão Evangélica Casa de Oração, este seria mais um casamento a ser realizado. Mas, a cerimônia foi marcada pela tragédia que chocou o Brasil e terminou com a morte dos quatro tripulantes.
A chegada da noiva em um helicóptero seria uma surpresa para Udirley que acabou recebendo a notícia da queda pelo pastor Domingos. “A reação das pessoas, no início, foi de incredulidade. Depois, veio a dor. Esse luto nos faz pensar na vida”, disse o líder espiritual.
O pastor foi avisado por Cláudio Baptista, o dono do local da cerimônia. “Foi um momento de muita dor. Estavam todos a postos para a cerimônia, aguardando a entrada da noiva. Inclusive as daminhas de honra”, lembrou ele.
Cláudio ressalta que ele ainda pensou que o helicóptero poderia ter voltado para Osasco, o lugar de partida, por conta do mau tempo. “O céu estava nublado e por isso pensei que o helicóptero pudesse ter voltado. Isso aconteceu outras vezes aqui: helicópteros que vinham para cá, mas não conseguiram pousar e tiveram que voltar”, disse.
[b]“Mais humanos”
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Rosemeire e Udirley frequentam a Congregação Cristã. Pastor Domingos que é da Missão Evangélica Casa de Oração e que presidiria o casamento deu lugar a outro pastor, este da Assembleia de Deus. “Temos que ser mais humanos, mais amorosos. Porque a vida pode ir embora em um instante”, desabafou o pastor Domingos.
O helicóptero caiu por volta das 16h, o mesmo horário do início da cerimônia. A festa seria para cerca de 300 convidados. Segundo informações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave modelo Robinson 44 havia sido comprada recentemente e estava em situação regular para voo.
O dono do local da festa contou que a empresa dona do helicóptero já havia realizado dois outros eventos em seu sítio. “Era a terceira vez que eles traziam noivas para o casamento”, disse Cláudio.
[b]Fonte: Guia-me[/b]