Na última quinta-feira, 25 de maio, o pastor Jonas Yaro e outras sete pessoas foram assassinados no Norte de Burkina Faso. As vítimas estavam no vilarejo Molokadou quando jihadistas atacaram.
O atentado aconteceu no final da tarde, por volta das 16h. “Os terroristas cercaram o vilarejo e atiraram no ar para criar pânico. Depois, entraram em um complexo onde assassinaram duas pessoas. A terceira pessoa que estava no local conseguiu fugir para a casa do pastor”, conta um parceiro local da Portas Abertas.
O jovem achava que tinha escapado, mas na verdade foi seguido pelos jihadistas e os levou diretamente para o complexo de casas dos líderes da igreja. “Eles mataram o jovem e o pastor, na frente da esposa”, disse o parceiro.
Igrejas sem pastor
O pastor Jonas Yaro tinha 39 anos e servia a igreja no vilarejo há oito anos, com a esposa e os três filhos. Até agora foi confirmado que uma das outras seis vítimas era um cristão. A identidade das outras vítimas ainda está sendo investigada.
No último ano, Burkina Faso enfrentou dois golpes de Estado, o que torna a resposta do governo contra a insegurança ineficiente. Ainda em maio, jihadistas atacaram o vilarejo de Silmidougou, também no Norte de Burkina Faso, onde mataram três cristãos, incluindo o pastor Antoine Kouma Ouedraogo.
A crescente insegurança esvaziou muitos vilarejos no Norte do país e causou uma massa de mais de dois milhões de deslocados internos, segundo o Conselho Nacional de Ajuda Emergencial e Rehabilitação em Burkina Faso. A agência ReliefWeb também relatou que dois entre três deslocados internos são crianças.
O trabalho dos parceiros locais se intensificou por causa dos ataques de jihadistas desde 2019. Eles procuram ajudar a igreja a responder biblicamente à perseguição por meio de treinamentos nas regiões mais afetadas e com cuidados pós-trauma. No último sábado, 27 de maio, eles visitaram e oraram pela viúva do pastor Yaro.
Fonte: Portas Abertas