No último domingo (12), policiais invadiram a igreja ‘United Christian’, em Lahore (Paquistão) e brutalmente atacaram o pastor principal da congregação. A ação violenta teria sido resultado de uma reclamação sobre o volume alto do sistema de som da igreja.
O chefe da polícia local, Amir Abdullah entrou na igreja, localizada na colônia de Fazila, no domingo de manhã e começou a agredir verbalmente os pregadores, exigindo que parassem o culto, de acordo com o ‘Christian Post’ do Paquistão. Abdullah disse que recebeu um telefonema de Shabir Shah, um homem muçulmano que se queixou de que a igreja estava fazendo mau uso do sistema de som.
Quando o pastor principal Riaz Rehmat pediu que Abdullah os deixasse em paz, policial foi até o púlpito e começou empurrar e espancar o pastor. A congregação ficou chocada e os cristãos mais tarde fizeram um protesto na rodovia ‘Ferozepur’, bloqueando o tráfego.
Nasir Saeed, diretor do Centro de Assistência Judiciária – que tem sede principal no Reino Unido (‘CLASS’) e ajuda os cristãos perseguidos no Paquistão – qualificou a ação dos policiais como “vergonhosa”.
“A polícia quase não se preocupa com os sentimentos dos cristãos e, muitas vezes viola seu direito de liberdade religiosa”, disse Saeed.
As equipes locais de Saeed no Paquistão se reuniram com a superintendente da polícia, Amara Athar, para exigir medidas contra os policiais que participaram do ato.
A superintendente garantiu que Abdullah foi suspenso e que um inquérito foi aberto. Ela também prometeu investigar o homem que tinha nivelado a falsa denúncia.
[b]Contexto[/b]
Surtos de violência contra os cristãos no Paquistão vieram à tona no início desta semana, quando um membro proeminente do Parlamento paquistanês condenou o governo por sua incapacidade de proteger as minorias religiosas.
O vice-presidente do Partido Popular do Paquistão e senador Sherry Rehman condenou a violência recente, citando relatos de um ataque contra um vendedor de sorvete cristão, sob a acusação de que ele estava vendendendo “mercadorias imundas para as crianças muçulmanas”, de acordo com o ‘Tribune Express’. Um grupo de cerca de 20 atacaram o ambulante, chamando os cristãos de “intocáveis” e declararam que eles não devem ser autorizados a vender alimentos aos muçulmanos.
“O Paquistão não pode continuar a tolerar a perseguição religiosa contínua às suas minorias. Eles [cristãos e outras minorias] não são cidadãos de segunda classe e não devem ser tratados assim”, disse Rehman.
[b]Fonte: Guia-me[/b]