O atual pastor Lauro Nuñez Perez, de uma pequena igreja evangélica rural no México, sabe muito bem o que significa ser perseguido por ser cristão e como permanecer firme em meio à tempestade.
Por se converter a Cristo, ele e a esposa, Amalia, foram expulsos de La Chachalaca, um vilarejo no estado sulino de Oaxaca, no México, onde a família sempre viveu.
A expulsão ocorreu em 2015, após meses de importunação, perseguição e prisões nas mãos de líderes locais e moradores do vilarejo.
A razão que eles davam para expulsar a família é que pertencia a uma religião diferente e não à tradicional igreja, que é uma mistura de paganismo indígena com catolicismo popular.
Lauro explica que a perseguição começou assim que ele se converteu à fé cristã, em 2014. Até esse ponto, ele era viciado em álcool e drogas. Sua esposa havia se convertido a Cristo alguns anos antes e orou e jejuou por ele durante dois anos. Ela tentou convencê-lo a se tornar cristão, mas ele não ouvia.
Ele diz: “Muitas pessoas tentaram me convencer a entregar minha vida a Cristo, mas eu me recusava todas as vezes”.
Até que uma manhã ele chegou em casa, depois de ficar ausente por vários dias bebendo e farreando, e encontrou a casa vazia. Sua esposa e filhos estavam na igreja orando por ele.
O pastor conta: “Naquele exato momento, eu peguei um livro e li sobre tudo que estava acontecendo comigo, quem eu era e quem Deus era”. Ele começou a chorar e pediu perdão a Deus.
No sábado seguinte, Lauro voltou para casa sóbrio – a primeira vez em muitos anos. No domingo, ele foi ao culto de manhã pela primeira vez.
“Minha esposa já estava na igreja e ficou muito surpresa quando me viu. Embora ela orasse para isso acontecer, acho que não esperava que acontecesse”. Assim que professou a fé em Cristo, começou a compartilhar o evangelho com os amigos.
Ele foi informado pelos líderes da comunidade que havia um costume local que proibia as pessoas de professarem qualquer outra religião que não a tradicional. Esse costume local regula que um convertido deve negar a fé publicamente ou enfrentar as consequências, que incluem prisão, não acesso a serviços básicos, expropriação de terras e propriedades e expulsão da comunidade.
“Apesar desse aviso, minha esposa e eu decidimos continuar adorando a Jesus e estudando a Bíblia e enfrentar as consequências”, afirma Lauro.
Fonte: Portas Abertas