Marcelo Casagrande
Colaboração para o UOL, em Araçatuba (SP)
Um pastor evangélico de 36 anos foi flagrado por câmeras de segurança furtando R$ 2,9 mil do dízimo de fiéis de uma unidade da Igreja Universal do Reino de Deus em São José do Rio Preto (a 441 km de São Paulo).
O crime foi descoberto após o pastor responsável pelo departamento financeiro da igreja perceber que parte do dinheiro – que ficava em uma sacola – havia sumido.
Ele recorreu às gravações do sistema de monitoramento e descobriu a autoria do furto.
De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito foi chamado pelo colega para dar explicações sobre o caso e confessou o crime. “Ele assumiu que realmente pegou a quantia de R$ 2,9 mil e que também teria cometido outros furtos anteriormente”, informa o registro policial.
Após a conversa entre os pastores, o suspeito devolveu o dinheiro aos cofres da igreja. Dez horas mais tarde, os religiosos foram até a Central de Flagrantes da cidade para registrar o caso. Em depoimento, o suspeito confirmou toda a história narrada pelo pastor que fez o flagrante.
O artigo 155 do Código Penal Brasileiro prevê prisão de dois a oito anos para quem comete algum tipo de furto. Apesar do crime, o pastor que pegou o dinheiro da igreja foi liberado após o registro do boletim de ocorrência.
O delegado de plantão alegou no BO que apesar de o delito ser passível de prisão em flagrante, não foi possível prender o pastor já que o registro não foi feito logo após o crime e que não houve perseguição contra o suspeito.
“A vítima [igreja] não teve qualquer prejuízo, bem como o crime não foi cometido com violência ou grave ameaça e por esta razão, por ora, deixa de se lavrar o Auto de Prisão em Flagrante”, justifica.
O UOL conversou por telefone com o pastor que descobriu o crime, mas ele não quis dar nenhuma declaração sobre o ocorrido. Já o pastor que furtou o dinheiro não atendeu nenhuma de nossas ligações.
A Igreja Universal do Reino de Deus informou em nota oficial que o autor do furto foi desligado do quadro de pastores, em decorrência do crime que praticou.
“A Universal considera o delito gravíssimo, e está cooperando com as autoridades para que o infrator responda e seja punido pelo crime que cometeu. Medidas já foram tomadas para que fatos como esse não se repitam”, diz a nota.
Fonte: UOL