Otoni de Paula e Alexandre de Moraes - Foto: Reprodução
Otoni de Paula e Alexandre de Moraes - Foto: Reprodução

O pastor e deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), foi condenado a pagar R$ 50 mil de indenização para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após ofendê-lo nas redes sociais, chamando-o de “cabeça de ovo”, “cabeça de p***ca”, “lixo” e “esgoto”.

A decisão é da 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, que manteve a condenação anterior, da 44ª Vara Cível de São Paulo, mas reduziu o valor da reparação que antes era de R$ 70 mil.

Na ação, o ministro Alexandre de Moraes alegou que Otoni de Paula propagou conteúdo ofensivo nas mídias sociais que causaram graves danos à sua honra e imagem.

Para o magistrado da 44ª Vara Cível de São Paulo, o comportamento ofensivo de Otoni de Paula ultrapassou os limites da manifestação. Como resultado, fixou uma indenização de R$ 70 mil reais.

Otoni de Paula recorreu da sentença alegando que publicou os vídeos fora do Congresso, mas que estaria abrangido pela imunidade parlamentar.

O desembargador da 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação anterior mas reduziu o valor da reparação para R$ 50 mil.

“O alegado exercício do direito de manifestação encontra limites do âmbito de proteção de outro direito individual, em outras palavras, não se pode admitir que a liberdade de expressão legitime ataques ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, como é o caso dos autos”, diz a decisão do desembargador Mônaco da Silva, relator do caso.

“E mais, a liberdade de expressão deve ser exercida com consciência e responsabilidade, em respeito a outros valores igualmente importantes e protegidos pelo texto constitucional, quais sejam, a dignidade da pessoa humana, a intimidade, a vida privada e, sobretudo, a honra e a imagem, que, uma vez expostas de forma vexatória, reclamam a devida reparação.”

Em agosto o parlamentar foi alvo de uma operação da Polícia Federal ordenada pelo próprio ministro Alexandre de Moraes.

Folha Gospel com informações de Portal do Trono e Gazeta do Povo

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