Pastor Sérgio Fernandes chamou escultura de Nossa Senhora Aparecida de
Pastor Sérgio Fernandes chamou escultura de Nossa Senhora Aparecida de "satanás fantasiado de azul" (Foto: Arquivo Pessoal)

O pastor que atacou a imagem de Nossa Senhora Aparecida, instalada na entrada de Bastos, no interior de SP, durante um culto no último domingo (1), se desculpou com a comunidade católica em uma carta pública.

No texto, Sérgio Fernandes, pastor da Igreja Vida Nova, disse que a intenção da sua fala era mostrar o descontentamento com uso do dinheiro público em um símbolo restrito a apenas uma religião.

A imagem de Nossa Senhora Aparecida foi instalada pela prefeitura no local, que informou repudiar qualquer tipo de intolerância e que respeita todas as religiões.

Durante o culto, que foi transmitido ao vivo pelo Youtube, o pastor chama a imagem de “Satanás fantasiado de azul”, entre outros termos que demonstram intolerância religiosa. Veja o vídeo no final da matéria.

Ainda no vídeo, Sérgio Fernandes diz que não irá aceitar a permanência da imagem de Nossa Senhora no local. “[Ela] só traz maldição para a nossa cidade. Aquilo lá é ponto de contato com o inferno(…) Todo espírito de idolatria não vai ficar aqui, eu não aceito”, finaliza.

Na carta, divulgada nas redes sociais nesta quarta-feira (4), o pastor diz que “na ocasião, meu foco era expor a reprovação ao fato de que o poder público municipal havia erigido como monumento um ícone religioso que não representa a totalidade da população de Bastos. Ao meu ver, verbas públicas devem ser guardadas pela laicidade do Estado, não promovendo nenhuma vertente religiosa em particular, seja católica, evangélica ou outra qualquer”, afirma.

Sobre os termos utilizados, ele reconhece que ofendeu as pessoas que consideram a imagem sagrada.

“Venho por meio desta nota reconhecer que me excedi nos termos e argumentos usados, sendo ofensivo, ferindo a sensibilidade e a fé sincera de muitas pessoas.”, diz o pastor na carta. “Por reconhecer e me arrepender disso, venho publicamente me retratar e pedir perdão à comunidade católica e a todos os que se ofenderam com minha argumentação”, completa.

O pastor ainda reforça que nem ele e nem a comunidade evangélica que representa já estiveram envolvidos em casos de intolerância religiosa.

Fonte: G1 e UOL

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