O Conpev (Conselho de Pastores Evangélicos de Bauru e Região) vai fortalecer sua atuação como um movimento social e participar mais ativamente da vida da cidade.

A afirmação é do novo presidente da entidade, Edson Valentim, que foi empossado no cargo na semana passada.

“A nossa meta é nos envolvermos de forma mais ativa naquilo que determina os rumos de Bauru”, comenta Valentim.

O Conselho de Pastores foi criado há 40 anos, mas há sete foi constituído oficialmente, com estatuto.

“Se você vê algo errado e não faz nada, você está concordando com aquilo. Poderemos ser mais enfáticos e participativos a medida que nos envolvermos nas questões importantes”, diz, ao explicar os motivos dessa mudança de postura.

“Sempre tivemos essa proximidade com o poder público, mas talvez falte um pouco mais de ousadia para tentarmos ajudar a resolver os problemas.”

A preocupação é não transformar o Conselho de Pastores em um movimento partidário, ligado a um determinado grupo político.

“Teremos um posição apartidária. Somos políticos, mas sem pretensões de cargos”, diz ele, que se coloca à disposição da administração do prefeito Tuga Angerami (sem partido).

“Tivemos um primeiro encontro quando ele [Tuga] assumiu. Vamos procurar retomar o diálogo.”

Provocado a fazer uma avaliação do governo municipal, Valentim se esquiva.

“Vamos primeiro oferecer ajuda para depois podermos reivindicar.”

Conselho se envergonha de ‘sanguessugas’ evangélicos

Em agosto de 2006, logo após a confirmação de que deputados federais da bancada evangélica participaram do esquema das sanguessugas, que desviou mais de R$ 100 milhões dos cofres do governo federal, o Conselho de Pastores de Bauru pediu publicamente desculpas à população.

“Nos envergonhamos e nos humilhamos pela participação dos evangélicos nesse esquema corrupto”, dizia a carta distribuída aos fiéis.

O conselho teve ainda uma forte atuação nas eleições 2006 e pediu que os evangélicos não votassem em candidatos denunciados por corrupção.

Fonte: Bom Dia Bauru

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