Pastor Redimo foi um dos líderes mortos durante um ataque de milícia na República Centro-Africana (Portas Abertas)
Pastor Redimo foi um dos líderes mortos durante um ataque de milícia na República Centro-Africana (Portas Abertas)

A alegria, resultante das comemorações de Natal, deu lugar a lamentos e lágrimas para duas famílias e igrejas, pela perda de seus líderes na República Centro- Africana.

No dia 25 de dezembro, os pastores Michel Archange Redimo e Paul Orosio foram mortos por integrantes do Movimento de Libertação do Povo Centro-Africano (MLPC).

Os ataques aconteceram enquanto retornavam de um culto de Natal, onde aproveitaram para ordenar um novo pastor em Vafio1, vila próxima a Batangafo.

Um homem que estava passando de bicicleta no local foi testemunha do crime.

“Os pastores estavam andando na moto, quando de repente três homens carregando rifles Kalashinokov apareceram atrás deles e atiraram neles. Pastor Redimo, que estava sentado atrás, foi atingido na cabeça. Pastor Orosio foi atingido no peito. Ambos morreram no local”, conta.

Após atingir os líderes cristãos, os autores dos disparos afirmaram que isso aconteceu porque eles desobedeceram às ordens de interromper os trabalhos das igrejas cristãs na região.

No dia seguinte, os corpos dos pastores foram enterrados no mesmo local onde realizaram um último culto, em Vafio1. O líder que dirigia a moto era Orosio, de 51 anos. Ele era casado, tinha seis filhos e cuidava da assembleia local da Federação Evangélica de Igrejas dos Irmãos (FEEF), em Kabo. Já Redimo, que estava na garupa, era coordenador da FEEF na região de Ouham, com base em Bouca. Ele deixou esposa e 16 filhos. A família de Redimo foi levada para Bangui e está sendo cuidada pela igreja local. Já a víuva de Orosio e os filhos continuam em Kabo.

Apesar da República Centro-Africana ser um país que tem uma missão de manutenção da paz das Nações Unidas, denominada Minusca (Missão Integrada Multidimensional de Estabilização da ONU na República Centro-Africana), os membros da igreja dos pastores assassinados ficaram abismados com a inatividade da Minusca em relação ao acontecimento.

Fonte: Portas Abertas

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