Desde junho, cresceu o número de prisões em Mianmar, sobretudo de pastores cristãos. No mês passado, o líder cristão Thar* foi preso pelos militares no Leste do país. O motivo da prisão do pastor é desconhecido e os membros da igreja pedem oração para que ele seja liberto sem qualquer dano.
No Norte de Mianmar, três pastores locais foram presos e acusados de participar de um serviço de oração interreligiosa no mês passado. Os líderes cristãos foram enviados para a prisão pelo líder da tribo. Um dos detidos é idoso e tem saúde frágil.
Mianmar ocupa o 18º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2021 e os seguidores de Cristo enfrentam perseguição vinda de amigos e familiares, comunidade, líderes religiosos não cristãos, autoridades do país e grupos extremistas. Os cristãos enfrentam perseguição da família e comunidade por abandonar ou “trair” o sistema de crença em que cresceram.
Por isso, as comunidades que desejam uma unanimidade budista tornam a vida das famílias cristãs impossível, pois não permitem que usem os recursos da comunidade.
Perseguição após golpe
As minorias cristãs e outras minorias étnicas em Mianmar enfrentam um perigo ainda maior desde que o país do sudeste asiático caiu sob o regime militar do Tatmadaw devido ao golpe de 1º de fevereiro que derrubou o governo civil e iniciou uma onda de violência, alertaram especialistas.
Mianmar, também conhecido como Birmânia, é o lar de vários grupos minoritários cristãos, incluindo aqueles dentro das comunidades Kachin, Chin, Rohingya e Karen. O relatório também aborda os cristãos no estado de Wa, cristãos de etnia indiana e chinesa e cristãos Karenni no estado de Kayah.
Mianmar é predominantemente budista, enquanto os cristãos representam cerca de 6,2% de sua população de 54 milhões. O budismo é reconhecido como a religião oficial.
*Nome alterado por segurança.
Fonte: Portas Abertas