Uma pesquisa do Grupo Barna sobre os judeus que nasceram de 1984 a 1999 (os chamados millennials ou Geração Y) divulgou recentemente que 21% (ou seja, um em cada cinco) acreditavam que Jesus foi “Deus na forma humana que vivia entre as pessoas no primeiro século”.

O estudo ainda diz que 28% “vê Jesus como um rabino ou líder espiritual, mas não Deus” e que 42% disseram que comemoram o Natal. A maioria dos entrevistados acredita que pode fazer parte de outras religiões e ainda ser judeu, e um terço dos millennials judeus sentem que “Deus deseja uma relação pessoal” com eles.

A pesquisa foi encomendada pelo grupo evangelístico “Judeus para Jesus” e foi realizada pelo grupo Barna que entregou uma série de pesquisas aprofundadas sobre a crença religiosa americana. Eles afirmam que são os “únicos responsáveis pela coleta, análise e redação de dados do relatório”.

Interesse na fé

De acordo com o relatório intitulado “Judeus Millennials: as crenças e os comportamentos que moldam os jovens judeus na América”, o grupo é muito mais propenso a se considerar como “espiritual” e tem mais interesse na fé e na espiritualidade do que outras gerações.

Alguns dos resultados surpreenderam Ari Kelman, que foi entrevistado para o relatório e ensina estudos judeus na Universidade de Stanford. Ele foi citado no site Jerusalem Post ao dizer: “Estes não se parecem com os judeus que eu reconheço”.

Ele ainda acrescentou: “Eu não estava acreditando. Talvez estes sejam judeus que nunca vimos antes. Nós sabemos que a religião está mudando, sabemos que os parâmetros da identidade estão mudando, então porque esperamos que diferentes gerações se vejam exatamente da mesma forma?”, indagou.

Veracidade

Kelman admitiu que estava um pouco desconfortável com um estudo encomendado, mas reconheceu as credenciais do Grupo Barna. “Eles são bons cientistas”, disse. “A maioria das pessoas que financiam a pesquisa sobre os judeus americanos também vem com uma agenda, e eu tenho estado neste mundo o suficiente para saber que as pessoas que financiam essa pesquisa não interferiram”, ressaltou.

Susan Perlman, diretora de comunicações do “Judeus para Jesus”, disse à agência telegráfica judaica (JTA) que a pesquisa era “muito esperançosa, da nossa perspectiva”. Ela comenta: “Esta era uma geração que já foi espiritual, mas que está disposta a se envolver no assunto de saber se Jesus é o messias ou não. Tudo o que podemos pedir é uma mente aberta para se envolver com a Bíblia, se envolver com a cultura e olhar para a possibilidades”, finalizou Susan.

Fonte: Guia-me

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