Favela no Rio de Janeiro
Favela no Rio de Janeiro

Uma pesquisa realizada pela Universidade Stanford, nos EUA, com 6.300 moradores de cinco favelas, mostra que agressões de policiais contra moradores ocorrem com mais frequência entre jovens de 14 a 35 anos e pessoas sem religião.

O estudo foi realizado entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016 nas comunidades da Rocinha, Batan, Cidade de Deus, Complexo da Maré e Providência. Esta última, situada na região central da cidade, aparece como a localidade com mais casos.

Do total de entrevistados, 27% das agressões foram relatadas na Providência, seguida por Maré e Rocinha, com 18% cada, 12% na Cidade de Deus e 9% no Batan.

Quando a religião passa a ser o filtro do estudo, pesquisadores percebem que os mais atingidos, 21%, não seguem uma doutrina. A diferença é mínima entre evangélicos (15%), católicos (14%) e religiões de matrizes africanas (13%). Esse foi o dado que mais chamou a atenção dos pesquisadores.

“As agressões relatadas são de todos os tipos: física, verbal, incluindo até invasão de domicílios. Vamos mergulhar mais nesse tópico (religião) e preparar outra pesquisa em cima disso, pois realmente nos chamou muita atenção”, afirmou Vanessa Melo, pesquisadora e gerente de projetos do Laboratório de Pobreza, Violência e Governança (PovGov) na área de Segurança Pública.

O relatório também aponta que a probabildiade de jovens de entre 14 e 25 anos serem vítimas de agressão policial é maior: 21%. Entre adultos de 26 a 35 anos, as chances são de 20%. Os casos entre pessoas com 65% ou mais ocorreram com 8% dos entrevistados.

Fonte: O Globo

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