O senador evangélico Magno Malta (PR-ES) foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva por suposto envolvimento na chamada “máfia dos sanguessugas” — esquema de compras superfaturadas de ambulâncias a partir da aprovação de emendas orçamentárias.

Malta disse neste sábado (5/5) que ainda não foi “notificado oficialmente” do indiciamento.

De acordo com a PF, o inquérito envolvendo o senador será concluído nas próximas semanas e, depois, enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal). Após análise, o processo será encaminhado à PGR (Procuradoria Geral da República) que a partir do conteúdo das provas poderá oferecer ou não denúncia contra o parlamentar. Caso a denúncia seja feita, o julgamento será realizado no Supremo, já que senadores têm foro privilegiado.

Segundo a assessoria do parlamentar, ele “estranhou” a ida de uma delegada e de um escrivão da PF ao gabinete dele, “pois nem a defesa feita no Legislativo pelo senador, no ano passado, a delegada teria lido”.

A assessoria da PF negou essa obrigação à delegada e informou que a defesa do senador foi feita durante as investigações realizadas pelo próprio Legislativo, “um processo investigatório diferente do realizado pela polícia”.

O senador teria ficado “surpreso com a nova investida” da PF, após sua absolvição pela Corregedoria e pela Comissão de Ética do Senado, no ano passado.

A Operação Sanguessuga da PF completa um ano neste mês. Foram investigados 80 parlamentares – entre senadores e deputados – por participação no esquema e apenas a metade deles foi ouvida.

Malta é acusado de receber um veículo de Luiz Antônio Vedoin, considerado o chefe desse esquema. O senador negou seu envolvimento, alegando que o automóvel foi um presente do ex-deputado Lino Rossi (MT), que admitiu receber propinas em troca de emendas ao Orçamento para a compra de ambulâncias, em benefício da empresa de Vedoin.

Fonte: Última Instância

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