A polícia paraguaia deflagrou, nesta terça-feira (1º), nova fase da Operação Ultranza, tendo como alvo principal a igreja do pastor José Isfrán, em Curugyaty, no Paraguai. Apurações investigam se local foi construído com dinheiro de tráfico de cocaína comercializada na Europa.
Agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) e do Ministério Público do Paraguai fizeram uma série de buscas e apreensões em imóveis urbanos e rurais ligados à Igreja Centro de Renascimento, de Curuguaty.
O líder da igreja, o pastor José Insfrán, é um dos alvos da mega operação “A Ultranza”, desencadeada no dia 22 de fevereiro contra organizações criminosas instaladas no Paraguai responsáveis pelo envio de cargas de cocaína enviadas de navio para a Europa e continente africano. Ele está foragido.
Entre os imóveis vasculhados hoje está o Centro de Convenções Renascimento, luxuoso espaço de eventos que contrasta com a arquitetura da cidade de 56 mil habitantes. Os agentes foram também até uma mansão em construção e no luxuoso escritório do pastor evangélico.
Segundo o comando da operação, a igreja de José Insfrán é investigada por lavagem de dinheiro do narcotráfico através de grandes eventos realizados em piscinas olímpicas e com a presença de apóstolos e profetas da congregação.
Conforme informações policiais, a igreja, avaliada em US$ 1 milhão foi construída com o dinheiro do crime.
O dinheiro das drogas, legalizado através da Igreja Centro de Renascimento, foi usado para financiar campanhas políticas e para patrocinar times que sequer disputam a segunda divisão do futebol paraguaio, sempre com valores vultuosos.
A família foragida é dona de mansões, carros luxuosos e fazendas, todos recebem intervenções dos agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad). Um dos locais recebe o posto de pista de pouso de aeronaves transportadoras de cocaína para países do continente europeu.
O clã responde pela lavagem de mais R$ 100 milhões de dólares, juntamente com três empresários do Paraguai. De acordo com a polícia do país, as construções de luxo e eventos religiosos arrecadavam dinheiro para o narcotráfico.
Com informações de Diário Digital e Campo Grande News