O caso foi denunciado por missionárias de uma igreja evangélica de Sorocaba, no interior de São Paulo.
A mulher suspeita de simular que a filha de 4 anos tinha câncer deverá ser indiciada pela Polícia Civil pelo crime de tortura e por submissão da criança a constrangimento, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente. A delegada que investiga o caso, Jaqueline Coutinho, também estuda a possibilidade de pedir a prisão preventiva de Edilaine Vieira, de 20 anos.
O caso foi denunciado por missionárias de uma igreja evangélica de Sorocaba, no interior de São Paulo. Elas tinham começado uma campanha para arrecadar donativos e dinheiro para o suposto tratamento do câncer. As missionárias conseguiram uma consulta no Hospital do Câncer Infantil, onde os médicos detectaram que a criança nunca teve a doença.
A criança foi ouvida pela delegada nesta segunda-feira (4) e disse que a mãe fazia cortes com uma faca de cozinha. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) confirmou que as cicatrizes são de ferimentos provocados por instrumento cortante.
“Ela realmente afirma que a mãe fazia os curativos e provocou as lesões com faca. A gente observa que já foram cicatrizadas, não são lesões pequenas. Uma tem 7,5 centímetros de extensão. Lesões que, para uma pessoa leiga, seriam sugestivas de uma cirurgia prévia na região abdominal”, disse a delegada.
No depoimento, a mulher negou que tenha machucado a filha e disse saber que a menina não tinha câncer. Ela não explicou por que pediu ajuda à igreja e negou que tenha praticado violência. Ela disse que está grávida de quatro meses e admitiu que não tem condições de ficar com as crianças. A menina vítima de maus tratos e a irmã, de 2 anos, estão em um abrigo.
[b]Fonte: G1[/b]