O bispo da cidade de Plock (no centro da Polônia), monsenhor Piotr Libera, enviou hoje à Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano um informe sobre os abusos sexuais cometidos por alguns sacerdotes de sua diocese, que foram denunciados pelo jornal Rzeczpospolita.

Segundo o jornal, a investigação na diocese foi solicitada assim que as denúncias foram publicadas.

Os casos de pedofilia envolvem três padres que trabalhavam com jovens em seminários, e que foram afastados de seus cargos, logo após as primeiras investigações internas da Igreja, e castigados com a suspensão “a divinis” determinada pelo bispo que dirigia a diocese, Stanislaw Wielgus, designado monsenhor pelo papa Bento XVI em janeiro de 2007.

No entanto, segundo a imprensa local, Wielgus, que renunciou ao cargo no dia seguinte, após ser acusado de colaborar com os serviços secretos comunistas, estava ciente dos casos de abuso sexual em Plock, mas não interviu.

A investigação eclesiástica foi dirigida por Libera, após assumir a diocese de Plock em maio de 2007.

Em março do ano passado, foi aberta uma investigação na justiça civil que identificou cinco sacerdotes suspeitos e dez vítimas, de entre 15 e 18 anos de idade, sete das quais apresentaram denúncias.

Um sacerdote, que pediu anonimato, disse ao diário Rzeczpospolita que o grupo responsável pelos abusos na diocese de Plock é composto por mais de dez pessoas e que os três padres acusados são apenas “a ponta do iceberg”.

Fonte: Ansa

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