O juiz Sirly Nascimento Filho, da 5ª Vara Civel da Justiça Federal no Rio, concedeu liminar ao advogado e pai de santo Marcos Penna, garantindo o acesso de representantes de religiões afro brasileiras na Vila Olímpica. O impasse vinha se arrastando havia algumas semanas, notadamente depois que o Rio 2016 divulgou a [url=https://folhagospel.com/modules/news/article.php?storyid=32384]relação das cinco religiões que gozariam de espaço no local, a fim de celebrar cerimônias e oferecer atendimento aos atletas[/url].
O Comitê Rio 2016 seguiu dados de pesquisas do Comitê Olímpico Internacional (COI) para definir as cinco religiões escolhidas para ocupar o centro ecumênico – cristianismo, islamismo, budismo, judaismo e hinduismo. Ao todo, são 24 capelães voluntários à disposição para lhes dar conselhos ou conforto espiritual.
O [url=https://folhagospel.com/modules/news/article.php?storyid=32403]Ministério Público Federal chegou a entrar na polêmica sobre as religiões de matriz africana no centro ecumênico da Vila Olímpica[/url]. A promotoria recomendou ao comitê organizador dos Jogos que a umbanda e o candomblé sejam incluídos no centro que atenderá atletas olímpicos no Rio de Janeiro.
Apesar da recomendação do Ministério Público para ampliar as religiões representadas no centro ecumênico dos Jogos Olímpicos, [url=https://folhagospel.com/modules/news/article.php?storyid=32465]o Comitê Organizador Rio 2016 não contemplou religiões de matriz africana[/url].
O advogado e pai de santo Marcos Penna recebeu nesta terça um contato do padre Leandro Lenin, coordenador do centro ecumênico da Vila, e os dois combinaram a presença do pai de santo, na quinta-feira, na ‘casa’ dos atletas. No entanto, ele não se dará por satisfeito se o gesto significar apenas uma visita.
“Temos de ter o nosso espaço reservado lá também, senão vou de novo à Justiça. Vivemos num país onde o Estado é laico e há entre os 10 mil atletas que estão aqui muitos adeptos do candomblé”, disse Penna, em entrevista ao Terra. De todo modo, ele estará na Vila na quinta vestido à caráter. O padre pediu, no entanto, que o pai de santo só vista a roupa de sacerdote ao entrar na área olímpica.
“Quanto a isso, tudo bem, é de praxe. Sou um ministro de confissão religiosa, reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Um sacerdote do candomblé. O que não se pode fazer é excluir uma religião de um evento como esse.”
[b]Fonte: Terra[/b]