O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, atacou os “sionistas”, como o regime de Teerã costuma se referir a Israel, ao acusá-los de estarem por trás da caricatura de Maomé publicada recentemente por um jornal sueco.

“Os sionistas pressionam os europeus (…), pressionam os suecos para que destruam suas relações com os muçulmanos”, disse Ahmadinejad em uma entrevista coletiva em Teerã, na qual ressaltou que “os alemães eliminarão os sionistas” e “os europeus os expulsarão”.

“Os sionistas (…) mentem quando dizem que são judeus (…).

Eles não são fiéis à religião alguma (…). A religião faz a defesa da amizade, da justiça e do amor”, afirmou o presidente iraniano.

Ahmadinejad reagiu assim a uma charge publicada no último dia 19 pelo jornal sueco “Nerikes Allehanda”, considerada “blasfematória” pelo Governo iraniano.

Por conta do ocorrido, o Ministério de Assuntos Exteriores do Irã convocou ontema a encarregada de negócios da Suécia em Teerã para expressar formalmente seu protesto.

A irritação iraniana foi provocada por uma caricatura de Lars Vilk publicada pelo “Nerikes Allehanda” para ilustrar um editorial que defendia a liberdade de expressão e criticava dois centros culturais suecos que, por razões de segurança, não autorizaram uma exposição com desenhos do chargista nos quais o profeta Maomé era caricaturado.

“Eles (os sionistas) controlaram os meios de comunicação e não querem relações de amizade entre a Suécia e os países (muçulmanos).

Eles prejudicam os americanos e os europeus”, disse Ahmadinejad.

O presidente iraniano considerou a publicação da caricatura “um insulto ao profeta Maomé”. Além disso, afirmou que quem “insulta Maomé também insulta outros profetas, Moisés e Jesus Cristo”, e chamou de “idiota” o artista que fez o desenho.

“Os alemães eliminarão os sionistas (…). A cada dia me chegam mensagens. O povo da Europa os expulsará. Eles (os sionistas) provocam tensão em qualquer lugar”, acrescentou Ahmadinejad.

Nesta terça-feira, o jornal sueco se recusou a pedir desculpas pela caricatura. O redator-chefe do “Nerikes Allehanda”, Ulf Johansson, disse no site da publicação que não lamentava a publicação da caricatura, posteriormente reproduzida por outros jornais suecos de distribuição nacional.

Fonte: EFE

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