A inauguração da primeira escola pública com aulas em árabe de Nova York é motivo de protestos e está criando polêmica na cidade, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal americano “The New York Times”.

A escola, Khalil Gibran International Academy, deverá ser aberta no Brooklyn, mas está revendo essa decisão devido ao primeiro ataque violento contra os pais das crianças que formarão a primeira turma do colégio e à falta de espaço.

O segundo ataque foi desferido por um grupo de conservadores, liderados por Daniel Pipes, convencidos de que a escola será um antro de radicais islâmicos.

A diretora da Khalin Gibran (nome de um conhecido poeta libanês), Debbie Almonaster, nascida no Iêmen, se apresenta como uma moderada. Os seus detratores estão convencidos de que a diretora está seguindo “uma agenda islâmica” para doutrinar as crianças.

No “New York Sun”, jornal ligado às organizações judaicas mais conservadoras, a colunista Alicia Colon escreveu que o líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama Bin Laden, está provavelmente “encantado” com a notícia da inauguração da escola em Nova York.

Pipes, um dos mais conservadores entre os neoconservadores norte-americanos, afirmou que “uma madrassa [escola muçulmana] está nascendo no Brooklyn”, e que a escola faria parte de um “plano árabe de propagar o islã pelo mundo”.

Fonte: Folha Online

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