O homem que foi preso após fingir ser um padre e celebrar uma missa, em Araraquara, também é acusado de se passar por um delegado e um advogado.
Ele foi preso na sexta-feira (9), pois era procurado pela Justiça por furto.
A missa foi realizada em uma capela, no bairro Quitandinha. Durante a cerimônia, o ministro da eucaristia César Mateus Gileno percebeu que havia algo errado com o padre e resolveu fazer um teste. “Eu induzi ele ao erro, porque eu estava desconfiado. Eu fazia parte da oração eucarística, fazia ele ler parte da oração eucarística cinco, fazia ele ler parte de outra coisa e ele ia abraçando”, disse.
Os fiéis afirmaram que Fabrício Gomes Moraes era bom de conversa e ganhou confiança porque conhecia a coordenadora da capela, Magda Gomes Leite. “Eu conheci ele de criança, eu trabalhei no INSS e ele foi guarda mirim lá. Ele tinha um carisma muito grande, toda a postura de sacerdote, as vestes”, disse.
Magda só suspeitou durante a missa. Ela resolveu fazer uma pesquisa na internet e descobriu dois perfis do falso religioso na rede social facebook. “Ele como um homem normal, procurando até mulheres. Dizendo que é dono de uma agência de publicidade, que ele é formado em turismo e eu acho que é mentira”, explicou.
[b]Golpe[/b]
Durante uma semana, ele também frequentou uma livraria católica, onde tentou aplicar um golpe de R$ 30 mil comprando roupas e acessórios usados por padres.
A mercadoria foi recuperada. A comerciante Sheila Silva chegou a dar carona para Moraes. “Quando eu lembro dessa cena me dá arrepio. De ter colocado o bandido no meu carro e ter ido até a casa dele”, explicou.
Moraes também foi a uma outra igreja, mas o padre Marcelo Aparecido de Souza logo percebeu a farsa e chamou a polícia. “Ele dizia ter 35 anos e 19 anos de padre. É impossível aos 16 anos ser padre”.
Ao perceber que estava sendo perseguido pela PM, ele entrou em uma delegacia, que fica perto da igreja, para fazer uma reclamação à corregedoria.
Foi quando a polícia descobriu que o falso padre era procurado. Ele já havia se passado por delegado da Receita Federal e advogado. “Já respondeu cerca de oito inquéritos policiais que viraram processos criminais. Está procurado pela Justiça em um mandado de prisão expedido na capital paulista e agora ele está falando um pouquinho sobre Deus na cadeia”, disse o delegado Vinicius Ferraz Moreira.
Como ninguém de Araraquara denunciou o falso padre, ele está preso em Jaboticabal porque é condenado por um furto cometido na capital.
[b]Fonte: EPTV[/b]