A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), uma das universidades públicas mais respeitadas do país, cancelou um evento sobre criacionismo cedendo à pressão de professores ateus.
O “1° Fórum de Filosofia e Ciência das Origens” estava marcado para acontecer no dia 17 de outubro tendo até a participação do físico americano Russell Humphreys, mas foi cancelada um dia antes.
Professores da própria instituição se reuniram e enviaram e-mails para a reitoria dizendo que a Unicamp não era o lugar ideal para discutir o criacionismo.
“Que façam isso numa igreja”, disse o professor de física Leandro Tessler, segundo informações da revista IstoÉ. “É embaraçoso dar credibilidade a esse tipo de doutrina não científica.”
Para este fórum estavam confirmadas a participação de cinco estudiosos ligados ao “criacionismo científico”, incluindo o professor de arqueologia Rodrigo Silva, da Universidade Adventista de São Paulo (Unasp). “Fomos boicotados por um grupo de professores ateus”, disse ele. Silva acredita que no mundo científico “quem discorda de Darwin é queimado na fogueira”.
Ao comentar o cancelamento do Fórum a Unicamp alegou que “faltavam integrantes que pudessem debater o tema sob todos os pontos de vista”, mas os palestrantes não concordam com a explicação da Universidade.
“É interessante notar que, em uma universidade pública, pessoas que se autointitulam ‘guardiões do saber’ cancelem palestras”, escreveu o bioquímico Marcos Eberlin, professor da Unicamp.
O professor de matemática Samuel Oliveira contestou as críticas e disse que os professores ateus se manifestaram porque “criacionistas não têm formação para falar de ciência”.
Em 2007 um caso parecido aconteceu na universidade, quando o bioquímico americano Fazale Rana esteve no Brasil para falar sobre o “design inteligente”, os professores ateus conseguiram retirar o logo da instituição dos cartazes da palestra, mas não conseguiram cancelar a conferência.
[b]Fonte: Gospel Prime[/b]