O sindicato britânico de professores defende a divisão por classes das diferentes religiões nas escolas públicas, no lugar de esses centros se limitarem a uma só confissão.
De acordo com o plano do sindicato, o National Union of Teachers, os diretores das escolas poderiam encarregar imames, rabinos e sacerdotes de dividirem a parte do currículo correspondente à religião.
Ao mesmo tempo, acabaria o direito atual dos colégios de selecionar os alunos de acordo com sua religião, informa o diário “The Guardian”.
Segundo o secretário-geral do sindicato, Steve Sinnott, as diferentes comunidades seriam beneficiadas caso pudessem encontrar espaço em qualquer escola para acomodar alunos católicos, anglicanos, metodistas, judeus, muçulmanos etc.
Esses centros deveriam pôr à disposição dos alunos das diferentes religiões um espaço destinado a orações e reconhecer as festas religiosas de cada comunidade.
Deveriam ainda mostrar a máxima flexibilidade e permitir, por exemplo, que as alunas usassem o véu e que os estudantes de ambos os sexos exibissem outros símbolos de suas respectivas religiões.
O plano proposto pelo sindicato indignou os partidários da total separação da religião e o Estado.
“É um escândalo que um sindicato de professores proponha instrução religiosa nas escolas. Se os pais a querem, deveriam procurar proporcioná-la em casa ou nos locais de oração”, criticou Keith Porteous Wood, diretor-executivo da National Secular Society.
Um porta-voz da Igreja Anglicana também criticou o plano ao assinalar que “a instrução religiosa é responsabilidade das igrejas, mesquitas e templos”.
O plano não satisfaz também aos representantes das comunidades judaica ou muçulmana, que assinalam que muitos pais vão querer continuar enviando seus filhos a uma escola confessional, seja pública ou privada.
Fonte: EFE