(Imagem: Twitter/@AndradeRNegro2)
(Imagem: Twitter/@AndradeRNegro2)

O Ministério Público do Paraná confirmou que irá apurar propagandas a favor de armas de fogo e do presidente Jair Bolsonaro (PL) fixadas em um muro de Cascavel (PR). A parede divide o estacionamento da loja Pesca & Cia e a Igreja Presbiteriana da cidade.

O caso veio à tona após um usuário no Twitter publicar uma foto do muro, indicando que as publicidades eram da igreja. Em contato com o UOL, a Igreja Presbiteriana negou que tenha colocado os pôsteres.

O pastor Ednaldo Batista Ribeiro, que , que se declara como apoiador do presidente Bolsonaro nas redes sociais, afirmou que a loja de pescaria vende também armamentos e que “não tem nada a ver com a Igreja. A parede é dele, do estacionamento dele, é como se fosse uma casa conjugada”.

O reverendo disse que a Igreja lamenta a associação, “mas não temos o que fazer. Como estamos aqui há anos, não vamos arrumar briga com o vizinho”.

“O que foi colocado é no estacionamento da loja, não é na Igreja. Parece que é da igreja, por ser como uma casa germinada”, disse o pastor Ednaldo Batista Ribeiro. “Arma é uma questão de foro íntimo das pessoas. Não entro nesse assunto, não incentivo.”

O pastor relatou ao GLOBO ter passado a ser alvo de ofensas e xingamentos após as imagens dos cartazes circularem pelas redes sociais. Questionando se, agora após a repercussão negativa, iria pedir para o vizinho retirar as propagandas, Ednaldo disse que é uma possibilidade.

O UOL não conseguiu contato com a loja de pescaria.

O Estatuto do Desarmamento proíbe publicidade para venda, que estimule o “uso indiscriminado de armas de fogo”, em seu artigo 33. A exceção prevista é a veiculação em revistas especializadas.

Em junho deste ano, Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para permitir que produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores de armas de fogo, acessórios e munições veiculem propagandas sobre isso na internet e demais meios de comunicação.

O Projeto de Lei de número 5417/2020 aguarda o parecer do relator na CFT (Comissão de Finanças e Tributação).

Folha Gospel com informações de UOL, Último Segundo e O Globo

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