Quatro suspeitos de estelionato foram presos ontem na porta da igreja São José, no centro de Belo Horizonte, depois de aplicarem o golpe do falso curandeiro. De acordo com a Polícia Militar (PM), o bando iria fazer um “trabalho” para melhorar as finanças de uma aposentada de 60 anos.
O quarteto, formado por duas mulheres e dois homens, já teria levado R$ 5.000 da vítima e, nessa quarta, queria mais R$ 8.000 para fazer nova benzedura e concluir ritual. Conforme o delegado titular da 21ª Delegacia, Marco Antônio de Paula Assis, o primeiro contato com a aposentada teria acontecido no último dia 15, quando ela passava pela avenida Afonso Pena, região Centro-Sul da capital.
Na ocasião, um dos suspeitos convenceu a vítima a sacar R$ 5.000, quantia que seria benzida. Segundo a PM, o acusado teria visto, dentro da bolsa da vítima, um extrato bancário que mostrava um saldo de R$ 13 mil.
Mas, em vez de receber o dinheiro de volta, a mulher ficou com um envelope com papéis de loteria. A vítima havia sido instruída pelo bando a esconder o envelope, fechado, em um local da casa onde ninguém tivesse acesso. Só depois de um segundo encontro é que ela poderia ver o que estava guardado.
Contrariando o pedido dos suspeitos, a aposentada chegou em casa e abriu o envelope. Ao descobrir que havia sido vítima de um golpe, ela registrou um boletim de ocorrência. O falso curandeiro fez outro contato com a vítima e marcou para ontem um encontro. A segunda etapa do ritual custaria mais R$ 8.000.
Todos foram para a porta da igreja São José e o 1º Batalhão da PM montou cerco aos suspeitos. Os quatro foram detidos e conduzidos para a 21ª Delegacia de Polícia Civil. Eles ainda eram ouvidos até a noite de ontem. O dinheiro levado no primeiro encontro ainda não havia sido recuperado. Após serem ouvidos, os dois suspeitos seriam encaminhados para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão, enquanto as duas mulheres iriam para a delegacia de Santa Luzia.
Penas
Crimes. De acordo com o delegado Marco Antônio Assis, os quatro podem responder por formação de quadrilha e estelionato. Somadas, as duas penas podem chegar a até oito anos de reclusão.
Fonte: O Tempo